Primeira
Alegria
no Circo
Wanderlino
Arruda
Quem
não
guarda,
dentro
d’alma,
uma
lírica
saudade
menina
da primeira
alegria
no circo?
Quem
não
se lembra
do velho
palhaço
de roupas
com
muitos
babados?
Um espicha-encolhe
querendo
cair?
Gostosa
música
de muitos
encantos,
anúncios
pelo
dono
de roupa
lamê,
assegurado
respeito
ao domador
do leão.
Lindas
as moças
vendendo
saúde,
louros
meninos
voando
em trapézios.
Um a
um,
a força
e o
equilíbrio
do mundo,
a beleza
de todos
os sonhos.
Quem
não
se lembra?
Bom
viver
estas
doces
lembranças,
pois
haverá
sempre
em nós
o gostoso
do circo:
rico,
em tapetes-veludo,
pobre,
em chão
de poeira,
mas
sempre
em visão
de brilho,
sempre
um jeito
bonito.
Tudo
mais
que
um sonho
acordado!
Nada
é
mais
jovem,
mais
criança
que
o primeiro
espetáculo
de circo…
Nada,
nada
mais!