Minha sina

É um amor tão frágil
Tão sujeito à tempestades
E ventos...

É um amor tão delicado
Que tenho vontade de segurá-lo
Com as duas mãos
Contra meu peito
Para que não se quebre.

É um amor tão forte
Como os ventos de um vulcão
Que leva tudo na sua passagem
Que traz medo, que assusta,
Mas que fascina.

É um amor tão estranho,
Tão lindo e tão tamanho,
Que chega a ser incompreensível.

Um amor assim
Como o nosso
É minha sina.
E sofrer tempestades,
Ventos e vulcões
É o meu destino.

Sedução

Ah! Quero te seduzir, Moço!
Quero te envolver nessa onda
Que me toma
E me transporta
Como se eu não fosse mais eu...

Ah! Quero te atrair,
Penetrar na sua veia
E percorrer seu corpo
E te encher de mim...

Quero estar no seu sonho
E no seu dia,
E ocupar sua cabeça
E toda sua mente...
Quero te deixar demente
De tanto amor...

Eu sei, Moço, que pareço possessiva
Desse jeito,
Mas quero você pra mim
Porque você já me tomou
Pra você,
Já me seduziu,
Já correu em mim
E já me levou
Em ondas que não têm fim...

Ah, me perdoe,
Mas quero prender você
Nas cadeias
Da minha sedução...

Grávida de poesia

Ai!... estou grávida de poesia...
Se a semente germina em mim
Foi você quem me deixou assim,
Quem revolveu essa terra,
Quem plantou nessa serra,
Me fecundou de amor...

E essa poesia
Plantada em mim
Em noites de amor sem fim
Cheias de fantasia,
Transforma meu corpo,
Emociona meu ser,
Me torna poeta,
De você
Pra você...

E num momento qualquer
Quando menos espero,
Nas páginas de um caderno,
Cheia de encanto
Te espanto:
Me torno mãe,
Você se torna pai.

Meus sonhos

Sei onde meus sonhos começam
Mas ignoro
Onde me conduzem.
Caminho descalça,
Mas não me canso de caminhar...

Quero ser ponte
Entre sua alma e seu coração.
Ser fonte,
Pra você beber.
Ser porto
Para seu repouso,
ser ponto final,
Onde termina sua busca.

Meus sonhos
São todos seus.
E quando eu acordar
Meu dia sera seu.
E continuarei caminhando,
Mesmo se com os pés descalços...