Circo,
mundo de fantasias
Há
pouco tempo, em Mirabela,
fui a um circo pobrezinho,
lona quase caindo aos pedaços,
um chão poeirento de fazer
dó,
arquibancadas mais velhas que
o vendedor de ingresso.
A trapezista e o equilibrista,
coitados,
a gente não sabia se admirava
ou tinha pena...
Parecia até a história
do circo do Adauto Freire,
estória de um circo que
acabou em Bocaiúva,
que ele contava com muita graça
!
O
circo, um acontecimento adorável,
quanta saudade renova na gente!
O que estava, em Mirabela, também
era um circo!
Era um circo… E tinha palhaço!
E
um palhaço, velho ou novo,
mesmo descalço como o daquele
pobre circo,
em maravilhosos trejeitos,
representa um mundo de fantasias,
é acridoce poesia de sofrimento,
redesenho e halo de ilusão…
Um palhaço, sabendo ganhar
e com esportiva sabendo perder,
é o que mais representa o
circo,
um pouco de tudo que deveríamos
ser,
para nunca deixarmos de ser felizes...
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