Isar
Silveira
Felina
Leoa às espreita de caça
sou
eu a te esperar.
Meus
lábios
têm
sede dos teus beijos,
meu
corpo quer teus braços,
teu abraço.
Vem,
me
deixa te amar.
Semelhanças
Procuro
em meu rosto os teus traços,
Trago
tuas marcas estampadas
Busco
no espelho tua imagem
Descubro
novos ângulos, tão teus
Em
minha alma encontro a tua essência
E
minhas lágrimas choram tua ausência
Modelagem
Houve
um tempo
que cabíamos um no outro...
Perdemos nossas fôrmas
incompatíveis
Ganhamos novos moldes
Teu corpo não pode conter o meu
Meu corpo não contém mais o teu
Vento
Vento, vento
leva
contigo a tristeza
guardada
aqui em meu peito,
escondida
dentro de mim.
De
tuas viagens por este mundo sem fim,
como
souvenir de rara beleza
traz
outra vez a magia
de
um tempo só alegria
vento,
ventania
vem preencher
o meu dia
com
a mais bela sinfonia
Ando
perdida em versos
Ando perdida de versos
Alimentando
ilusões
Pedindo
para ser ouvida
Tentando
curar ferida
ouvindo
reclamações
querendo
coisa melhor
e
recebendo o pior
reerguendo
minhas vontades
curtindo
transformações
faço
da vida a comida
que
satisfaz meu instinto
trazendo
recordações
escondendo
tuas maldades
para
não aumentar aflições
Guardo
a dor, sofro calada
a
mágoa que me inflinges
logo
terás o retorno
nessa
tua vida que não vale nada...
Mapa
Guardei
o mapa de teu corpo
nas
palmas das minhas mãos.
Percorro
outros caminhos
na
busca insana
de
me encontrar te procurando
Me
perco em estranhos labirintos
de
corpos outros sem achar a solução
Loucura?
Saudade?
Solidão?
Fecho
os olhos,
percorro
espaços que não esqueço
Teu
mapa foi gravado
no
fogo da paixão.
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