Em favor da competência
Em todos os meus
longos anos de crônica neste JMC, sempre tive o cuidado de nunca me imiscuir
em dois assuntos: religião e política. Tenho fugido deles com
um grau de consciência tal que meus leitores, não sei se muitos
ou poucos, dificilmente poderiam saber por onde andam minhas ideologias para
com o muito sagrado – o que é de Deus – e o muito profano
– o que é do mundo e dos casuísmos do mundo. Também
nunca escrevo com tendências pessimistas, no campo da tristeza ou da desilusão.
O que é escrito para ser lido, no sábado à noite ou na
manhã e tarde de domingo, deve ser alegre, leve, coisa de alto astral,
puxando as pessoas para cima, nunca para baixo. Crônica para mim deve
ser o que há de melhor no dia-a-dia, dos pequenos aos grandes acontecimentos
da vida, o lado bom, interessante, lúdico ou filosófico das pessoas
e das coisas.
Toda a explicação é para dizer que hoje abro exceção
à regra, aproveitando um momento de necessidade, considerado o período
final da campanha para as eleições à Prefeitura e à
Câmara, em Montes Claros. Os editoriais de Oswaldo Antunes na primeira
página, têm chamado a atenção para uma responsabilidade
muito grande do eleitorado montes-clarense, agora na hora da escolha dos candidatos
executivos e legislativos. Toda seriedade ainda é pouca, quando o futuro
da cidade e do município está em jogo e o eleitor não pode
se descuidar de nenhum modo. Nada de sentimentalismo, nada de paixão
ou de brincadeiras de mau gosto. O momento é importantíssimo,
quando a escolha do nome do candidato a prefeito e a vereador é questão
vital, uma espécie de alicerce, para o ano 2.000 que se aproxima e quando
a cidade deverá ter cerca de 500.000 habitantes, mais do que algumas
capitais, atualmente.
Com relação à Prefeitura até que não há
grandes problemas, quando os candidatos são sérios e competentes
considerado ainda a tendência e polarização bastante definidas.
O executivo terá, por certo, gente boa e firme no comando. Montes Claros,
nesse ponto é uma cidade de sorte, vai ser bem gerenciada. Mas, no que
toca a Câmara Municipal, pelo amor de Deus, vocês precisam ter a
prudência das pombas e a malícia das serpentes, para fazer uma
boa escolha. Examinando a lista dos mais de quatrocentos candidatos, mesmo a
bico de pena, dificilmente poderiam ser escolhidos vinte nomes de confiança
e de competência para a grande tarefa que virá a partir do próximo
ano, quando a Câmara passa a ter responsabilidades realmente grandes nos
projetos e no orçamento, na definição de regras legais
e sociais. Mil vezes mais do que isso que está aí!
Chega a vez de eleger pessoas competentes, escolarizadas, bem preparadas para
a futura função. Gente que tenha cabeça, jeito, gosto de
raciocinar, de viver o presente e o porvir. Gente que saiba criar e acompanhar
elementos administrativos e legislativos, de modo a restituir a posição
histórica da Edilidade, resgatar a honra que quase perdida nestes últimos
seis anos, em face do pouco número de vereadores sérios. Montes
Claros precisa, mais do que em qualquer outra época, do voto sério
e bem pensado. E é aqui que lhe faço, leitor/leitora, um pedido
bem pessoal, pedido de quem muito ama esta cidade e o seu povo. Entre os nomes
de capacidade e de conhecimento de causa, pelo que estude com carinho, o do
meu filho Denílson Rego Arruda, jornalista profissional, candidato entusiasmado,
com chances de vencer. Precisamos garantir na Câmara de alta representação
e para isso, o seu voto é decisivo. E o futuro muito nos agradecerá!