Dia Internacional da Mulher

Wanderlino Arruda

Minha amiga Goretti pede-me para não me esquecer do dia em que o mundo homenageia a mulher, o dia internacional de todas elas. Acredito que é assim uma data especial dirigida a todo o pessoal do sexo feminino, de todas as épocas, de cantos e recantos deste vasto planeta, o que engloba todas as classes sociais e todas as raças, gente nova, gente muito nova e, principalmente, a gente mais vivida que é quem mais trabalhou e mais viveu. A mulher, a mola mestra da vida tinha direito a uma comemoração somente sua, exclusiva, pessoal, coletiva, e o mundo hoje curva-se aos seus pés. Com muita razão e honra!
Há poucos dias é que fiquei sabendo que o nome Eva significa “fonte da vida”. Achei curiosa essa carga semântica tão rica e tão verdadeira, porque, de fato, o primeiro nome próprio feminino conhecido tinha de marcar um manancial eterno de valor, algo sem princípio e sem fim, valendo para sempre. É realmente a mulher a fonte da vida, quem lhe dá movimento e calor, quem lhe concede beleza e razão de ser, seja mãe, irmã, mestra, amada-amante, serviçal ou rainha. Queira ou não os machistas, a mulher tem sido o centro da importância de todas as coisas e de todas as épocas.
Muito me tem dado a pensar a força de mulheres bíblicas como Sara, Rute e Raquel, como Marta e Maria, irmãs de Lázaro da Betânia, como as Marias, uma mãe de toas as demais, outra a de Magdala, logo que se transformou em lírio de amor e perfeição. Penso em Joana de Cusa, penso em outra que veio depois, a Joana Francesa de Doremi, mais conhecida como Joana D’Arc, heroína de muitos séculos, misto de fé e de força. Penso em Beatriz, linda; penso em Cassandra de não bons augúrios. Penso na Gioconda, a Mona Lisa de Leonardo, a inspirar o gênio; sonho com Marília, despertar a perfeita lira de Gonzaga; fico embevecido com a coragem e o desprendimento de Florence Nightgale, num espaço de hospital de campanha; com Anita Garibalde, num campo de batalha; com Dulce Sarmento, o mais legítimo amor de montes-clarense; penso em todas as mulheres maravilhosas, que ainda vivas, lutam, sofrem, sonham com um mundo melhor, vivem no amor e sobrevivem no desamor.
É bom que as comemorações do dia da mulher sejam um prenúncio de épocas melhores, um relembrar de valores mais importantes nas tarefas e no viver de cada uma. Afinal, nem só de pão e louvores vive a mulher... Concorda, minha senhora?

Wanderlino Arruda